quinta-feira, 17 de abril de 2014

Onde estão as Tartes - Alice no País das Maravilhas - Alice Também Mora Aqui



Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

Esta é a história de uma menina chamada Alice e da sua aventura no País da Maravilhas.
Numa bela tarde de sol estava Alice quase a dormitar sobre a relva, olhando para um livro sem figuras que a sua irmã lia, e que por isso mesmo lhe parecia não ter graça nenhuma quando, de repente, viu por elas passar um coelho branco que enquanto ia correndo murmurava para com os botões do seu colete: Vou chegar atrasado! Vou chegar atrasado!
Sendo um coelho simpático e muito bem posto, de colete como já se disse, do bolso do qual pendia um belo relógio e ainda de luvas brancas, Alice não hesitou em segui-lo até que o viu entrar num buraco.
 E sem hesitar também entrou e então deu-se o grande catrapuz, que é como quem diz, Alice foi pelo chão dentro até a um sítio que ela supôs ser do outro lado do mundo tão grande fora a sua queda.
Quando chegou ao fim encontrou-se Alice num pequeno átrio com várias portas. Nesse átrio estava também uma mesa onde repousavam uma chave, que certamente servia para abrir uma ou todas as portas, uma garrafa que dizia “bebe-me” e um bolo muito vistoso que dizia “come-me”. E Alice, que era uma menina muito curiosa, logo experimentou beber da garrafa e dar uma dentada naquele bolo vistoso.
É então que verdadeiramente começa a sua aventura no País onde encolher e esticar eram coisa comum, onde existia uma Rainha déspota que gostava imenso de mandar cortar cabeças, e uma Tartaruga Falsa que passava os dias a recordar os seus velhos tempos de escola e a cantar canções de roda, e um Gato que tinha o estranho hábito de deixar o sorriso pendurado pelas árvores, e uma Lagarta muito filosofante que gostava também de fumar narguilé, e um Chapeleiro Louco, e uma Lebre de Março, e um Arganaz que usava como cama um velho bule de chá….
Entre imensas peripécias, que a história é longa, e diversas tropelias, Alice atravessa este mundo fantástico, porque cheio de personagens extravagantes, delirantes, corteses e embirrantes, capazes de a libertarem de um quotidiano demasiado cinzento.
Quando acordou do seu sono / sonho, Alice percebeu que tudo o que viveu foi irreal, mas valeu a pena porque, como muitas vezes nos acontece, viver aventuras é um acto de vontade, vontade de quem está disposto a acreditar no desconhecido e no inesperado, porque viver aventuras requer a nossa cumplicidade para que aceitemos que aquilo que estamos a sonhar está realmente a acontecer. 

E com isto se percebe que para este fio de histórias adquirir corpo e realidade é preciso ACREDITAR. Tal como Alice, no País da Maravilhas, é na nossa vontade de acreditar, na nossa disposição para tomarmos conta das narrativas feitas com palavras e com coisas que reside a oportunidade das histórias se tornarem VIVAS.

Texto
Olga Neves
Ana Meireles



E a sessão fotográfica começava. TODOS ASO SEUS LUGARES!!!!

Marionetas, Olga Neves
Fotografia, João Maçarico







E cortem-lhe a CABEÇA!!!!!!










































































































Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

Alice, essa menina criada por Lewis Carroll e posta em desassossego no País das Maravilhas, povoado de animais falantes, de um gato enigmático que deixa o sorriso pendurado pelas árvores, de um coelho branco apressado e pomposo que anda sempre a correr exibindo o seu colete, o seu leque e as suas luvas brancas, de um chapeleiro louco, de uma duquesa muito feia e, de entre muitos outros, a que não falta até uma rainha faminta de decapitações, está agora em Torres Vedras.
Vamos pois conhecê-la, acompanhando toda a loucura do livro e a riqueza do imaginário do seu criador.
E tal como na história o seu pescoço cresce, cresce, também aqui os seus caminhos saem pela cidade fora criando um percurso poético entre a Fábrica das Histórias e a Paços - Galeria Municipal de Torres Vedras.
Ana Meireles
Apoio:
Fundação Gulbenkian | VerPraLer | Story Museum e VISTA ALEGRE




















sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Contos Fantásticos - Theatro Circo

E os contos fantásticos regressam ao palco, desta vez no lindíssimo Theatro Circo em Braga.

O rezingão e apaixonado Petroushka, a linda Bailarina e o temível Mouro estão de volta, desta vez escolheram o Theatro Circo em Braga para se apresentarem. Aaah, mas desta vez não vieram sozinhos, tiveram a companhia de muitos outros bonecos que não quiseram ficar sozinhos em casa.

Um percurso pelo Theatro Circo trás uma vontade enorme de fazer mais e mais histórias. É para mim um prazer enorme ter o privilégio de poder trabalhar em tão fantásticos espaços!
... Não acreditam???

Então vejam ;)




Durante a montagem da instalação... a Bailarina.







Petroushka e Mouro





Petroushka





Mouro




Duquesa




Raposa











Rei e Rainha não puderam faltar!














Quase a começar...



Alice e eu!!













Fine!!!


https://www.bol.pt/Comprar/Bilhetes/15710-contos_fantasticos-theatro_circo/


Marionetas, Olga Neves
Fotografia, Olga Neves



E agora para que não restem dúvidas, o Theatro Circo é ou não é lindo??























E depois de esticar fios e puxar marionetas, depois de muito bem compostas e regaladas no Theatro, tive direito a explorar a cidade, Braga é realmente uma cidade do norte com sorrisos nos rostos, salas de chá elegantes, ruas estreitas com cheiro a história, palacetes que nos fazem imaginar as muitas histórias que lá se viveram, bolos com nomes anatómicamente catitas e até uma pastelaria suspensa no tempo onde se pode admirar um castro há muito escondido.

Eu - Que bolo é este??
Todos - A menina é de Lisboa não é?!!?
Eu - Hummmm, pois... ham... perto!


Os azulejos estão por todo o lado e parece que acabei de aterrar numa cidade de porcelana. Infelizmente são muitos os prédios que apresentam elevado grau de degradação, espero que não sejam substituídos por bocados de cimento sem alma nem interesse arquitectónico.



Casa do Raio, um edifício barroco que imagino um interior muito interessante... estava fechado! Fica muito próximo do Theatro Circo.




Theatro Circo










Sé de Braga, o espaço está um pouco decadente mas alguns edifícios já estão a ser reedificados.






















Humm?!!???











As gárgulas, os bichos e esculturas de granito de Braga.
















E só para terminar, o Museu de Arqueologia que fica do outro lado da cidade, não sei para que lado, mas fica mesmo do outro lado da cidade. Do centro até ao museu devem ser uns 30 minutos a pé :/